A cena seria hilariante, se não revelasse um daqueles traços tão característicos da nossa lusa personalidade.
Na proximidade de uma escola secundária de Famalicão, um automóvel, estacionado a menos de cinco metros de um cruzamento, em local assinalado com um bem visível traço amarelo ao longo do passeio, impede a curva, em segurança, de um autocarro.
Quando me aproximei, vejo o condutor do autocarro sair do mesmo vestir o colete reflector (essa ainda não consegui entender, mas valerá reflexão em outro tempo) e colocar o triângulo sinalizador.
Parei, saí do carro e perguntei se tinha batido.
O condutor respondeu que não, mas não podia passar e eu – que bem vi, que com uma manobra cuidada, apoiada em alguém que orientasse (ou talvez não, os condutores dos autocarros surpreendem-me amiúde!) a viatura sairia daquela situação e a rua voltaria a permitir a circulação – no entanto sorri, entrei novamente no meu carro, fiz inversão de marcha e, a pé, fui buscar a minha filha à escola.
Voltei a passar pelo condutor do autocarro e já se ouviam algumas buzinas e palavras menos amistosas, atiradas de longe a quem, serenamente me cedeu um “obrigado”, quando, quase segredando, lhe dei os meus parabéns pela coragem.
Veio gente a propor ajuda e orientação para a manobra. Sugestões de fazer assim e assado. Críticas de não haver direito de impedir assim o trânsito. Queixas, de quem tem que ir buscar os miúdos à escola (a menos de cinquenta metros, diga-se) e tem pressa, muita pressa.
Mate-se já o condutor que não quer arriscar uma manobra e ignore-se que a via deveria estar livre para que qualquer manobra auxiliar não se fizesse necessária naquele lugar. Desculpe-se quem por desrespeitar o código da estrada e as regras da cidadania é, afinal, a entidade causadora da situação e essa sim, merecedora do nosso reparo e viva crítica.
Fica, já agora, um reparo, às entidades com responsabilidades na gestão do trânsito em Famalicão, para a quantidade abismal de situações de paragem e estacionamento irregular que se podem observar e impedem a circulação de veículos e colocam em sério risco os peões.
...contos, memórias e outras histórias, ...onde pousar palavras que desejem durar um pouco mais.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
quinta-feira, 12 de julho de 2007
o primeiro dos dias
Não é fácil dar início a nada, muito menos a um Blog.
A proposta é a de publicar algo que garalmente guardo para mim. Uma reflexão, um pensamento, um texto rabiscado.
Espero que valha a pena!
Na espere, o leitor, uma revolução literária nem a revelação de um mestre. Só de aprendiz me julgo e nada mais.
A proposta é a de publicar algo que garalmente guardo para mim. Uma reflexão, um pensamento, um texto rabiscado.
Espero que valha a pena!
Na espere, o leitor, uma revolução literária nem a revelação de um mestre. Só de aprendiz me julgo e nada mais.
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