terça-feira, 17 de maio de 2011

Cangosta do Estêvão

"...

– Ó tio Luís! – perguntou o pegureiro – Vossemecê viu aí na Agra da Cruz uma cabra?
– Não a vi, rapaz, mas ouvi-a berrar lá para o rio. Mete aí pela cangosta do Estêvão, e vai pela beira do rio abaixo que a topas lá para a Várzea das Poldras ou na Ínsua.
– Está mesmo indo... – interveio a tia Brites. – Boa hora é esta para um rapazinho se meter à cangosta do Estêvão!
– Então que tem? – Que tem?! Vai perguntá-lo à Zefa do João da Laje que ficou lá tolhida uma noite, e nunca mais teve saúde.
..."

Bom... não parece que se tivesse visto, nesta noite, a cabra nem outra coisa qualquer que levasse ninguém a tolhimento ou a cisma... que se saiba, claro! Nem tampouco se soube que tivesse vindo a caminho qualquer alma de outro mundo ou lobisomem.

Mas sei, de fonte segura, que houve gente que não se botou a caminho sem que levasse consigo um enxotador de mais encontros, assim fingido de amparador de passos.
– Para que é o marmeleiro, ó Zé?
– Ando mal dum joanete e a vara ajuda.

Parece que em surdina alguém referiu que ainda não se tinha visto que o Zé mancasse, neste trilho, entre Landim e Seide, em companhia de Camilo Castelo Branco, recordando “Novelas do Minho”, na noite de Sábado, 14 de Maio.

https://picasaweb.google.com/jlfpimentel/14DeMaiDe2011DeLandimASeide?authkey=Gv1sRgCLS24qS9yIm4Bg&feat=email#