sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Civilidade... à portuguesa

Hoje mesmo, no parque de estacionamento de um supermercado, assisti à cena.
Um automóvel estaciona em lugar reservado a pessoas portadoras de deficiência e, do mesmo, sai um casal com uma criança.
Um outro utente do parque interpela-os chamando a atenção para o facto de terem estacionado em lugar impróprio e mostra-lhes mesmo que poderiam ocupar um lugar muito próximo que nesse momento estava a vagar. Obteve resposta… Esta resposta… da, aparentemente, senhora:
 Olhe! Chame a polícia.
Que poderia o cidadão fazer? … Este encolheu os ombros e sorriu.
E eu, de longe, pensei nos princípios por que se hão de reger a acção e o ser dessa família e nos valores que transmitirá à criança que eu vi. E entre estes pensamentos formulei meu derradeiro desejo de Ano Novo:
Que o novo ano dê a Portugal um novo Povo.

sábado, 9 de outubro de 2010

Dia do Professor

Com as comemorações da Implantação da República, ainda mais este ano (o ano do Centenário), o Dia do Professor tem que se contentar com um cantinho noticioso, uma citação ou, quando muito, uma crónica em página de opinião.

Nas escolas fica meio esquecido entre o antever e o rever o Dia da República e os professores vão para casa, no dia 4 de Outubro, com a ideia de que os seus alunos poderiam ter ouvido dizer que o dia seguinte seria “Dia Mundial do Professor” e porque razão o Director-Geral da Unesco, em 1994, declarou o dia 5 de Outubro, como tributário aos professores.

Este ano, a Fenprof decidiu comemorar o dia em duas acções (Hoje, em Lisboa e no próximo sábado, no Fundão) sob o tema “Os Professores, Em defesa da Escola Pública”.

E eu, na impossibilidade de estar presente, comemorei-o à minha maneira: Corrigi alguns trabalhos, comentei textos dos meus alunos no blogue da turma e …

… ouvi música.



sexta-feira, 9 de abril de 2010

De facto, escrever não é um acto fácil!

Quando lemos os nossos autores de referência, aqueles a quem aderimos quase que inconscientemente e que nos emprestam as palavras que fazem nossos dias de pensar, não realizamos a busca que exerceram no seu próprio léxico para dele nos oferecer o melhor, o mais assertivo, convincente e ilustrativo.

Mas logo que desejamos ocupar o lugar de autor, nos ilibamos da responsabilidade da busca e, com um despretensiosismo assumido, vamos desculpando a preguiça em rever e repensar aquilo que arrumamos para nós, revelando pouco, raramente de qualidade significativa, mas sempre na secreta esperança de uns quantos (ou poucos) leitores chegarem às nossas palavras, para fazer brilhar a auto-estima.

Quando iniciei estes ditos & escritos, mais que sabia que um dia iria ilibar-me da pouca produção, mas há momentos em que há que escrever e que passar para os outros, sejam quem for, o que vai na alma.

Nem que seja, a confissão pura e dura de que, de facto, escrever não é um acto fácil.