domingo, 4 de janeiro de 2009

Grito!

Abafa-me na voz a raiva,
Dói a alma.

Mascara-se,
Por saber quem sou,
O rosto
De um sorriso que finjo,
Por amor a quem o dedico.

Mergulha
A paixão de outrora
Na mentira de quem manda.
Desespera e definha
Tristemente a razão.

Roubaram-me o gozo.
Maltratam-me o ser com mentiras.
Conspurcam o meu toque
Com arremedos de certezas.
Pintam de dúvida
Escarpas que foram alvas e serenas
E de onde
Viu mais longe
Quem as escalou.

Grito silêncios
Aos vampiros do meu ser,
Surdos e soberbos.

Levem-me o sangue
Lhes aproveite!
Morram de bêbados!!!